Em teste desde a manhã desta quinta-feira (08), um ônibus movido a gás natural veicular, ou biometano, está operando na linha 100 – Expresso do transporte coletivo municipal. O veículo deve permanecer na cidade por cerca de 30 dias, sendo utilizado em outros itinerários ao longo deste período.
Sorocaba é a primeira cidade do País a participar desse projeto-piloto que testará esse ônibus de energia limpa. A inciativa contou com a autorização da Prefeitura de Sorocaba, por meio da Urbes - Trânsito e Transporte, e a parceria entre o Consórcio Sorocaba, que opera o transporte público urbano na cidade, a fabricante de caminhões pesados, ônibus e motores Scania e a Gas Natural Fenosa, concessionária distribuidora de gás natural na região.
Foto: Divulgação |
O ônibus pode vir a fazer parte dos planos para implantação e operação do Sistema Bus Rapid Transit (BRT) em Sorocaba e que deverá modernizar e ampliar o atendimento do transporte coletivo no município, reduzindo o tempo dos trajetos.
A cidade conta com uma frota de transporte público urbano 100% acessível, onde todos os ônibus contam com elevador de acesso para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. O sistema atende uma demanda de 210 mil passageiros em dias úteis. São transportados, em média, 4,7 milhões de passageiros/mês, em 109 linhas que percorrem a cidade de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Juntas, elas realizam cerca de 300 mil viagens/mês. O índice de cumprimento dos horários é de 99%. Os veículos possuem GPS e câmeras de monitoramento para a segurança dos passageiros.
Preocupação com o meio ambiente
Sorocaba já fez testes com ônibus híbridos anteriormente. Em 2014 testou um ônibus elétrico e em 2015 um ônibus a gás natural veicular. O uso de combustível limpo como o biodiesel e o GNV para a frota de ônibus é uma das medidas possíveis de combate à poluição, pois ajuda na redução da emissão de gases de efeito estufa, melhorando a qualidade do ar da cidade.
O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis. Já o GNV tem importante papel na redução de emissão de poluentes, já que libera apenas o dióxido de carbono - em menor proporção que os combustíveis líquidos - e água.
Para a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) esta iniciativa é fundamental para o compromisso de Sorocaba dentro dos esforços no combate às mudanças climáticas e a economia de baixo carbono. Conter as emissões destes gases de efeito estufa é uma tarefa indispensável e uma necessidade imediata de desacelerar o avanço do aquecimento global.
De acordo com o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de Sorocaba, divulgado em 2014, o setor de transporte é o maior responsável pela emissão destes gases no município, contribuindo com 52,9% do total de emissões da cidade, explicado pela utilização de combustíveis oriundos de fontes não renováveis. É o caso da gasolina e do óleo diesel que abastecem boa parcela dos veículos que circulam por Sorocaba e são altamente prejudiciais ao meio ambiente.
O aumento contínuo da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera traz como consequência uma maior interação com a radiação infravermelha emitida pelo planeta Terra e, consequentemente, o aumento da temperatura do ar atmosférico. Esse aumento é o que se denomina de aquecimento global, que pode ter reflexos nas mudanças climáticas como a distribuição irregular das chuvas, aumento ou diminuição de temperaturas da atmosfera, elevação do nível do mar, entre outros.
Sobre o ônibus em teste
O ônibus Scania em testes tem 15 metros de comprimento, piso baixo, possui motor com 280 cavalos de potência e carroceria Marcopolo Viale que pode transportar até 130 passageiros. Eleé o primeiro do Brasil movido a gás natural veicular ou biometano. O modelo recebe um trem de força importado da Suécia, pois seu motor já atende à geração mais avançada da legislação de emissões, a Euro 6.
-- Comunicação - Prefeitura de Sorocaba
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