Todos os dias pelo menos 32 brasileiros tiram a própria vida, resultado da falta de prevenção que poderia ter poupado pelo menos 28 dessas pessoas. São dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) que causam espanto, mas retratam uma realidade de tabus e mitos.
Há diversos esforços para levar conscientização sobre esse problema de saúde pública que é o suicídio. Somente por esse caminho, com esclarecimento e o estímulo para que as pessoas falem abertamente sobre a questão, é possível reduzir essas tristes estatísticas.
Desde 2011, o Centro de Valorização da Vida - CVV, instituição filantrópica que se dedica à prevenção do suicídio e apoio emocional há 54 anos, organiza nessa época do ano um simpósio internacional para discutir as melhores práticas para reduzir os índices de suicídio. Neste ano ele acontece em Fortaleza/CE, no dia 9 de setembro. Um marco importante desse trabalho foi a definição de 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, quando profissionais de saúde, população e movimentos organizados pela vida se movimentam em favor da causa, e a instituição do Setembro Amarelo.
“O problema é mais comum do que se divulga, mas muitas ações de prevenção podem ser feitas sem grandes investimentos”, comenta Robert Paris, voluntário e presidente do CVV. Para ele, “é preciso falar abertamente sobre suicídio. Seja em família, nas escolas, ambiente de trabalho, igrejas ou na mídia”, explica Robert. “Tem que se tornar tão natural quanto falar sobre câncer ou doenças sexualmente transmissíveis, pois são, igualmente, situações que podem levar à morte ou a sequelas permanentes, mas têm prevenção que começa pela conscientização.” Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, 9 em cada 10 casos de suicídio podem ser prevenidos, mas a principal barreira para se atingir essa estatística é quebrar o tabu em torno do assunto.
Por isso mesmo, o CVV busca, pelo terceiro ano consecutivo, mobilizar a sociedade na realização do Setembro Amarelo. Na mesma lógica do Outubro Rosa e Novembro Azul, o objetivo é chamar a atenção das pessoas à problemática do suicídio e estimular a conversa sobre a questão.
E para marcar o mês amarelo é importante que as pessoas se engajem usando uma roupa na cor, decorando sua casa, seu ambiente de trabalho ou mesmo usando o lacinho amarelo no peito (nos moldes do Outubro Rosa) para chamar a atenção sobre a causa.
Em 2015, em nível nacional, o Setembro Amarelo conseguiu iluminar pontos turísticos e de destaque em todas as regiões do país, como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, o Congresso Nacional e a Ponte Juscelino Kubitschek em Brasília, o estádio Beira Rio em Porto Alegre, a Catedral e o Paço Municipal de Fortaleza, o Palácio Campo das Princesas em Recife e a Ponte Anita Garibaldi em Laguna (SC). Houve também um grande número de caminhadas, passeios de motos e outras intervenções em locais públicos com a mesma finalidade.
Em Sorocaba, pela segunda vez, o CVV vai ‘amarelar’ sua fachada e em palestras por escolas e instituições voluntárias vão enfocar a questão do suicídio e sua prevenção, distribuindo os lacinhos pedindo apoio à causa.
Como participar
Para colaborar, qualquer pessoa pode iluminar ou identificar a fachada de uma casa ou prédio, promover motoata (passeio de motos) com balões, fitas ou panos amarelos, caminhadas com camisetas amarelas ou outras ações que impactem a população. Todos que mandarem fotos de suas iniciativas para o emailsetembroamarelo@cvv.org. br poderão ver o material compartilhado na fanpage do Facebook. do CVV (https://www.facebook.com/ cvv141)ou (https://www.facebook.com/ setembroamarelo).
-- Assessoria de Imprensa
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