Maritacas encantam, mas também incomodam

Foto: Divulgação

Nos últimos meses, as maritacas estão invadindo as residências dos votorantinenses, reproduzindo sua espécie em telhados e bicando fios elétricos.

 

Essas aves, parecidas com papagaios, emitem um som bem alto, barulho característico que pode ser reconhecido de longe, principalmente quando estão voando, o que para alguns é motivo de incômodo e para outros de apreciação da natureza.

O secretário de Meio Ambiente, Ricardo Naccarati, orienta à população local a promover um convívio pacífico e saudável com essa espécie de animal. “As maritacas são muito importantes para o meio ambiente, pois consomem sementes que promovem a diversificação e a manutenção da vegetação nativa e auxilia no equilíbrio ambiental.”

As maritacas são animais silvestres e, devido ao crescimento populacional e da expansão urbana no País, essa espécie está dividindo o espaço com os seres humanos, procurando muitas vezes os telhados das moradias para se procriarem. “Caso alguém veja uma maritaca em sua casa, deixe-a viver livremente, que depois da reprodução (duração em torno de três meses), elas procuram outro lugar para ficar”, explicou o secretário, dizendo que são aves transitórias.  

Segundo Naccarati, não se deve tentar realizar qualquer tipo de contensão física, mesmo que seja por um curto período de tempo, considerando que apanhar, caçar, manter ou matar animais nativos é crime previsto na legislação federal (art. 29 da Lei nº 9.605/1998). “O autor poderá ficar de seis meses a um ano de reclusão e pagar multa de R$ 500 por animal mal tratado.”

As aves costumam bicar materiais que estão ao seu alcance tanto por curiosidade quanto para realizar o desgaste natural do bico. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, se perceber que isso está acontecendo, é aconselhável instalar uma proteção a essa fiação elétrica para isolar a ação destrutiva. 

 

A Secretaria de Meio Ambiente ainda informa se alguém presenciar uma maritaca ou outro animal que esteja machucado, acione o Corpo de Bombeiros, a Polícia Ambiental ou a própria Secretaria de Meio Ambiente.

-- Valdinei Queiroz - Jornal Gazeta de Votorantim