Dividas da categoria com este tipo de crédito atingiu a marca de R$ 100 bilhões. Educador financeiro faz alerta quanto ao mau uso
O endividamento dos aposentados com empréstimos consignados atingiu a marca de quase R$ 100 bilhões, taxa preocupante não apenas pelo mau uso do dinheiro como também pelo risco de golpes financeiros.
O crédito consignado, de fácil acesso e com juros mais baratos que os outros empréstimos, caiu no gosto dos aposentados, que aproveitam a facilidade para compor renda, comprar um bem ou mesmo ajudar algum parente. Entretanto, segundo o consultor e educador financeiro Hygor Duarte, é aí que se encontra o perigo.
O crédito que era para ser utilizado para comprar um bem durável, está sendo usado para compor a renda do aposentado. “O risco está no comprometimento de parte da renda. Caso ocorra alguma divergência e o aposentado necessite utilizar o dinheiro da parcela, a dívida acaba se tornando uma bola de neve”, alerta o especialista.
Além disso, adverte o educador, realizar um empréstimo consignado para um familiar também é muito arriscado, visto que, se o familiar passar por algum problema financeiro e deixar de pagar a dívida, o aposentado será obrigado a arcar com o gasto, pois o valor cai automaticamente na sua aposentadoria.
O consultor ainda explica que o empréstimo consignado, se utilizado da maneira correta, é uma boa ferramenta para resolver um problema pontual, como o pagamento de um cheque especial ou cartão de crédito, ou mesmo adquirir um bem. “Entretanto, em casos de endividamento, o aposentado deve rever seus gastos a ajusta-lo de acordo com a sua renda. Senão, estará cobrindo o sol com a peneira”, ressalta Hygor Duarte.
Empréstimo consignado
Com juros estabelecidos pela Previdência de no máximo 2,34% ao mês, o empréstimo consignado não pode comprometer mais de 35% da aposentadoria. O crescimento da procura por este tipo de empréstimo se dá pela seguridade e vantagem que oferece a quem empresta, devido ao desconto automático na folha de pagamento.
-- OS2 Comunicação
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