quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Medida visa atingir 10.700 garotos e ampliar vacinação entre as mulheres

A vacinação contra o HPV (Human Papiloma Virus) deste ano trouxe uma novidade: a vacina passou a ser aplicada em meninos. Nada mais natural, já que esses são os principais transmissores do vírus que pode acarretar em uma série de doenças. Em mulheres, o vírus, que têm 4 tipos principais, pode desencadear câncer de colo de útero, vulva, boca e garganta. Nos homens o desenvolvimento de ocorrências mais comuns passam pelo câncer de pênis, anogenital, boca e garganta. Outro fator importante: não se trata de uma campanha, é uma ação permanente da saúde pública e deve perdurar por todo ano.

Com uma população alvo de 10.700 garotos entre 12 e 13 anos, a prevenção – ou profilaxia, como é chamada a prática de antecipação e prevenção à uma certa doença- deve evitar que dezenas ou centenas de casos de câncer associados ao HPV surjam nos próximos anos.

Segundo a Divisão de Vigilância Epidemiológica (SAME), a vacina contra o HPV é segura, testada por institutos e laboratórios de renome e com poucos resultados adversos. O fato das vacinas serem fabricadas com fragmentos do vírus atenuados ou inativados não oferece riscos a quem recebe a aplicação, ao contrário, fortalece o sistema imunológico, gerando condições de que o organismo enfrente a doenças caso exposto futuramente à carga viral.
Segundo o Ministério da Saúde, 30% dos jovens são expostos ao HPV em seu primeiro ano de vida sexual ativa; 90% dos homens terão contato com o vírus em algum momento da vida, assim como 70% das mulheres, o que potencializa a transmissibilidade do vírus. É preciso que essas pessoas estejam preparadas e isso só é possível com a imunização adequada.

A vacinação está sendo realizada no Serviço de Assistência Municipal Especializada (SAME) e em todas as unidades básicas de saúde do município. Além dos garotos de 12 e 13 anos, estão sendo imunizadas as meninas de 09 a 14 anos. Para essas pessoas, o esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.
Estão sendo vacinados também aqueles jovens de 9 a 26 anos que são portadores do vírus HIV; para esses o esquema de imunização é de três doses, em intervalos de dois meses e seis meses a partir da primeira dose, também sem riscos à sua saúde.

Conhecimento é amigo da prevenção:

Segundo o médico infectologista Fábio Mesquita, "é importante que as famílias busquem informações sobre o HPV e os riscos de adoecimento a partir da contaminação por esse vírus. Quando a vacina é aplicada antes do primeiro contato íntimo ela tem uma eficácia de 100%". Transmitida através de relações sexuais ou do contato íntimo sem proteção, a doença pode causar sintomas aparentes como verrugas e feridas na pele e mucosas das mulheres e simplesmente passar despercebida nos homens em seus estágios iniciais, o que faz destes os maiores propagadores da doença. A única forma eficiente de evitar a doença é estar imunizado e isso só possível com o cronograma completo de vacinação. Muitas famílias levam os filhos para tomar apenas a primeira dose e negligenciam a segunda. Se isso acontecer é preciso retomar o esquema vacinal e garantir as duas doses no prazo. Nos primeiros dias deste ano a adesão ao programa de vacinação na rede pública de Sorocaba ainda está muito aquém do esperado.

-- Comunicação - Prefeitura de Sorocaba

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